sábado, 10 de setembro de 2011

Chuva do Caju


A sombra daquele cajueiro já nos abrigou
Incontáveis vezes, nas tardes de sol
Os segredos pareciam inquietos e voavam
Como aquele pássaro, rondando nossas cabeças

Não, eu não sabia o que era
Apenas gostava de deitar sob a sombra
Falar, ouvir, silenciar
E admirar as nuvens, o céu, o verde
Da folhagem dos teus olhos

E agora, nesse mirante
As luzes amarelas dos postes nos observam
Ansiosas, ao longe
É setembro, não é época
Mas o cajueiro floresce

Seu queixo descansa no meu ombro
Minha alma descansa na sua paz
Consegue ver sua casa daqui?
Claro, você está comigo.



Gabriel Queiroz

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