Não, nunca há transição
A tristeza se sobrepõe à alegria
Numa explosão de sombras e espumas
Numa explosão de sombras e espumas
E vice-versa
Como se me visse nessa
Corredeira
A água entra-me pelas narinas
Não há como nadar contra
O ar, como a fala, me escapa
As palavras, como a fala, como o ar
Como a água, me afogam
Tão súbita, mas tão fácil de ver
Equilibrar-se entre as águas
E olhar reto, para frente
E perceber que não há continuidade
Cachoeira
Não há nada
Só a queda.
Gabriel Queiroz
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