Ah,
companheiro, que acordado sonha
Na noite
escura, de onde a rede range,
Nunca haverá de curar esta insônia
Que a todos os apaixonados tange.
Que o amor, em seu lugar, se ponha,
Tenha fineza e alguma decência.
E que o sono venha sem vergonha
Dar um fim nesta triste clemência.
Calma, pobre rapaz que se inquieta
Na cama, por inteiro se acoberta,
Intrigado com o que os outros pensam.
Esqueça a peleja pra que descubra
Se este amor, que nem a sua boca rubra,
É maravilha ou maldita bênção.
Gabriel Queiroz
Nenhum comentário:
Postar um comentário