segunda-feira, 6 de maio de 2013

Passageira


Só de me lembrar dos teus olhos azuis,
De como eles pareciam observar
Cada pedaço da minha memória,
As pupilas dos meus se dilatam,
Como se permitissem (quisessem)
Que você visse mais
De mim.

Você foi um calafrio sem explicação
Que eriça os pelos
E vai embora,
Deixando a sensação sumir aos poucos,
E vem sempre que teus olhos enigmáticos
Aparecem nos meus devaneios.
Mas você não.

Embora eu queira lhe ver de novo,
Acho que isso é exatamente o que você quer ser:
Sem sentido nem explicações,
Intensa, misteriosa e passageira,
Um arrepio.


Gabriel Queiroz

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