Na cama desarrumada, dorme opaca.
Dorme serena, descrente, buarquiana.
Não sorri e não sonha.
Dorme e se esquece das desilusões e desnorteios
Que passaram por sua cabeça e seu coração.
Que passaram por sua cabeça e seu coração.
Principalmente pelo coração.
Dorme na cama larga, não de casal.
Dorme, quem sabe, nem feliz,
Nem triste, nem saudosa.
Nunca suportara tal coisa como a saudade.
Não suportava mais
Qualquer lembrança de amor.
Nem em sonho!
Gabriel Queiroz