segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Agora?


E eu não sei o que fazer agora
Se você me desse uma dica, uma reação...
Vamos brincar, como nos velhos tempos
Rir da felicidade, nos esconder do mundo

A velha escada no fim do corredor
O corredor, as corridas, o corrimão
Os sorrisos, os abraços, os tropeços, as quedas
Eu não sei como fazer, agora

A saudade no tempo que ainda não passou
Que já lança suas sombras no presente
Aquele mesmo presente que você me deu
E que se recusa a riscar o calendário
Eu não sei se vou fazer, agora

Não quero tomar decisões frias, adultas
Talvez elas se tomem sozinhas, tombem
Enquanto se arrastam, tentando tardar
Tardar aquilo que corre e se aproxima
Até as pilhas querem saltar pra fora do relógio
Eu não sei mais fazer o agora.


Gabriel Queiroz

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