A luz do candeeiro tremendo de medo
O medo meu também de você não voltar
Você me prometendo o mundo pelo beijo
O mundo, o céu, a terra do meu Ceará
A porta abre, a luz me cega, por que está
tão cedo?
Seu cheiro, seus cabelos vêm me acordar
A rede range, o vento sopra, mas eu não
te vejo
Visita, não me larga nem no meu sonhar
Fogueira se apagou no meu pesadelo
Sanfona se calou, não quer mais tocar
São João se acabou e não tem mais jeito
A gente não se viu naquele arraiá
Volta, traz contigo aquele teu sossego
E jura que essa terra não vai mais mudar
Canta, meu xodó, tudo que eu conheço
Acalma meus ouvidos tal qual sabiá.
Gabriel Queiroz