sábado, 8 de setembro de 2012

Soneto da mínima atenção


Sem minha menor vontade
E sem nenhum consentimento,
Trouxeste contigo o meu alento
Por que fizeste tanta bondade?

No peito deste poeta pálido,
Puseste de volta algum encanto,
Proteges do frio com este manto
E teu toque e teu beijo e teu hálito.

Mas traze-me a coragem para falar-te
Que não posso ficar com teu andar apenas,
Aqui desta mesa mal iluminada.

Se, por ti, não me deste quase nada,
Por mim, deste-me tuas olhadelas, serenas
Para, a todo e qualquer tempo, imaginar-te.


Gabriel Queiroz

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