O banco do parque
Na ponte sobre o riacho
Onde sempre nos encontrávamos
Acidentalmente
E a conversa nos fazia companhia
Assim como sua ternura
O banco do parque
Onde meu ombro se transformava
No mais perfeito travesseiro
E sua pele
No cobertor ideal
O banco do parque
Onde sua ternura era o cobertor
E cobria minhas ideias de cores
Inspirações, certezas e alegrias
Protegia-me da solidão congelante
O banco do parque
Andou esquecido
Enferrujado, descascado
Mas passei por lá outro dia
E vi que o restauraram
Está belo como naquela época
Todo pintado, você precisa ver!
Quem sabe, algum dia desses
Possamos sentar nele de novo...
Numa fria noite de outono
Numa terna noite de outono
Numa eterna noite de outono.
Gabriel Queiroz