domingo, 29 de janeiro de 2012

Black Tie

O vermelho rosa do teu vestido exala o perfume
A música no ritmo do meu pensamento em ti
Dos nossos pra-lá-e-pra-cás, do tilintar de tudo

O piano e teu coração são os únicos sons
Teu cabelo se curva em direção ao meu rosto
Leem minha mente

O planeta balança suavemente conosco
Minhas mãos descansam na tua cintura
Meu ombro apoia tua bochecha
Teu rosto me dá o equilíbrio

A festa era o mundo
Aquela dança era a festa
Nós dois éramos aquela dança
Você e eu, nós dois
O mundo, você.

Gabriel Queiroz

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Sinopse


Como fazer pra abrir esse teu livro?
Nem uma página consigo folhear
Esse teu rosto enigmático
Tuas frases criptografadas
Pura incerteza injetada no sangue

Opiniões de um crítico não equivalem à leitura
O deleite com a essência, único!
Ler as orelhas, superficial...
Mergulhar em teus olhos profundos
Por que só consigo ler a tua sinopse?

Sei tuas bandas, mas não tuas músicas
Teus filmes, mas não tuas cenas
Teus capítulos, mas não tuas páginas
Sei teus gostos, mas teus temperos não
Talvez...


Gabriel Queiroz

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Isso Não Se Apaga Assim


Sim, você se lembra daquelas areias
Lembra tão bem quanto eu
Lençóis que não podem nos aquecer agora
Mas que servem muito bem pra construir a cabana
Em que nos escondíamos e brincávamos como crianças

Sei que você se lembra da borboleta
Aquela da cor do seu cabelo
Ela dançava ao nosso redor
Pedindo pra ficarmos juntos
Nem imaginávamos o porquê

Sei que você se lembra
Sei também que não vamos ver aquele filme de novo
Mas, mesmo tendo certeza do fim,
Eu quero rir dessa comédia
Sentir o aperto do clímax,
Talvez até a agonia da reviravolta
Só pra lembrar mais da gente
Lágrimas não anulam sorrisos.


Gabriel Queiroz