domingo, 11 de dezembro de 2011

Soneto do Apelo


Olhos, por que se fecham?
Por que escondem de mim seu verde vivo?
Não me evitem, olhos...
Deixem eu me perder aí, sem motivo

Olhos, não me evitem...
Não me neguem seu calor, meu abrigo
Por que se fecham, olhos?
Venham me abraçar, dançar comigo

Olhos, os meus já não enxergam
Por que sua luz não me entregam?
Não veem que assim não perduro?

Olhos! Não me deixem aqui jogado!
Venham piscar ao meu lado
Pois, só assim, vejo um futuro.

Gabriel Queiroz